Justiça concede habeas corpus para empresário envolvido em corrupção no Presídio de Varginha










Foto: Reprodução EPTV



A Justiça concedeu um habeas corpus para Celso José Mira, empresário investigado na operação contra um suposto esquema de corrupção no Presídio de Varginha.

O desembargador, Ministro Olindo Menezes do Superior Tribunal de Justiça, determinou também a substituição da prisão por medidas cautelares.


Celso Mira é investigado por corrupção passiva e organização criminosa. Segundo o Ministério Público, o empresário supostamente recolhia propinas dos familiares, de detentos e advogados e as repassava aos diretores. Celso também seria pessoa de confiança de Welton Donizeti Benedito (diretor do presídio) e Rodolfo Corrêa Bandeira (diretor-adjunto).

A decisão do habeas corpus foi assinado na sexta-feira (17/6), mas sua publicação foi nesta terça (21/6). O documento aponta que Celso é um agente primário e está sendo investigado por crimes sem violência e sem grave ameaça às pessoas.

Para o desembargador, a aplicação de medidas cautelares e o afastamento do empresário do Presídio de Varginha são suficientes. Celso também deverá se apresentar a cada dois meses na Justiça.

Ainda segundo a decisão, o empresário não poderá mudar de domicílio sem autorização judicial. Ele também está proibido de ter contato pessoal com os outros réus do esquema de corrupção ou com pessoas envolvidas com atividades criminosas.


Os advogados de Celso, João Paulo Figueiredo Martins e Alexandre Prado, declararam: “embora seja uma decisão importante, que restitui o direito de locomoção do cliente, o processo continua em curso e as forças continuam focadas no sentido de obter a absolvição do empresário”.

Celso estava preso no presídio de Três Corações, mas foi transferido recentemente para a penitenciária de Governador Valadares. Os advogados aguardam o cumprimento do alvará de soltura.

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