
Você sabia que o seu local de trabalho e os locais que você frequenta devem possuir requisitos mínimos para serem considerados seguros? O Corpo de Bombeiros é unânime em dizer que todas as edificações, com exceção das residências unifamiliares, devem apresentar requisitos mínimos de proteção contra incêndio e pânico. As edificações e estabelecimentos devem contar com sistemas básicos de proteção contra incêndio e pânico, variados de acordo com a atividade e o grau de risco provenientes do ambiente laboral em que a edificação está inserida. Os sistemas básicos de proteção contra incêndio e pânico são: sinalização de emergência, iluminação de emergência, saídas de emergência, extintores de incêndio e sistemas de hidrante. Abaixo, discorre-se acerca de cada sistema:
Sinalização de Emergência: trata-se do conjunto de todos os sinais que indicam a existência de saídas de emergência, equipamentos de segurança, riscos potenciais e produtos perigosos. A sinalização de emergência é dividida em básica e complementar. A sinalização básica, por sua vez, é subdividida em quatro categorias, as quais representam proibição, alerta, orientação/salvamento e equipamentos. A sinalização complementar tem a finalidade de indicar, de maneira contínua, as rotas de saída, obstáculos e mensagens específicas escritas;
Iluminação de Emergência: tem como função a garantia da permanência da iluminação da rota de fuga em uma situação de emergência e pânico, garantindo que os ocupantes da edificação deixem o local com segurança. Esse tipo de iluminação deve ser posicionada, preferencialmente, acima das portas de saída de emergência e patamares de escadas, nunca sobre os degraus;
Saídas de Emergência: trata-se do caminho contínuo, protegido e sinalizado, constituído por portas, corredores, escadas e rampas que o ocupante da edificação percorrerá em caso de pânico. Seu objetivo é permitir o fácil escoamento da população e devem permanecer desobstruídas em todos pavimentos e atender as medidas mínimas de segurança exigidas por legislação pertinente;
Extintores de Incêndio: são utilizados no combate a pequenos focos de incêndio. Atualmente, quatro tipos de extintores são os mais utilizados, a saber:
Água: utilizado para incêndios provenientes de papéis e madeiras;
Dióxido de Carbono (CO2): ideal para o combate a incêndio proveniente de equipamentos elétricos;
Pó BC: também conhecido por Pó Químico, combate incêndios provenientes de papel e líquidos inflamáveis;
Pó ABC: é o tipo mais utilizado nos dias atuais por combater as três principais classes de incêndio supramencionadas.
Sistemas de Hidrante: tal sistema deve ter seu dimensionamento elaborado cuidadosamente, pois o combate ao fogo na edificação depende de seu correto funcionamento, atendendo aos requisitos de vazão e pressão estabelecidos em norma. Atualmente, são quatro os tipos de sistemas de hidrante e sua escolha depende, essencialmente, do risco da edificação; quanto maior o risco, maior a vazão que o sistema deve fornecer e maior a reserva técnica de incêndio.
Cada item exigido pelas normas possui função específica no sistema de proteção e combate a incêndio e pânico e não devem, de forma alguma, ser negligenciados dentro da edificação. Os dimensionamentos advindos da necessidade de aplicação de cada item variam de edificação para edificação.
Leandro Nascimento
Engenheiro de Segurança do Trabalho
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