Psicóloga da Unimed Varginha fala sobre a Síndrome de FoMO







Que as pessoas ficam muito tempo conectadas ao celular e computador não é um segredo. A rapidez com que as informações chegam, faz com que exista a falsa impressão de que estamos perdendo oportunidades quando não estamos On-line. No meio desse processo deixamos de ficar conectados com nós mesmos e nos distanciamos da prática de investir nas relações interpessoais. A junção de todos esses fatores levou ao desenvolvimento da chamada síndrome de FoMO.

A síndrome de FoMO, ou Fear of Missing Out, é uma patologia psicológica que se desenvolve justamente pelo medo de não conseguir acompanhar as tecnologias ou ficar de fora desse universo tecnológico. É a angústia que surge quando sentimos que estamos perdendo alguma coisa. A Psicóloga do Núcleo de Atenção à Saúde da Unimed Varginha, Jucélia Oliveira, vai falar nos falar mais sobre esse assunto.

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Esta síndrome é recente? O que ela pode fazer em uma pessoa?

R: O termo foi criado em 1996, a síndrome não é tão recente e está mais evidente com a pandemia, mas desde que o mundo é mundo as pessoas sentem necessidade de pertencer a um grupo.

A FoMO vem para descrever aquele medo que dá quando você acha que está perdendo algum acontecimento muito importante. Está relacionada à necessidade de saber o que outras pessoas estão fazendo e a busca por não sentir-se isolado desse meio. Isso pode impactar fortemente as atividades de vida diária, onde o outro fica conectado no trabalho, durante as refeições ou ao dirigir.

Além disso, psicologicamente aumenta muito as chances do individuo desenvolver ou potencializar a ansiedade.

A Pandemia e o tempo maior em casa intensificou esse problema?

R: Infelizmente sim, pois, para quem tem a FoMO o medo de estar desatualizado do mundo é muito grande e a angústia causada pela insegurança de viver off-line pode gerar ansiedade, depressão, mau humor e estresse. Com o distanciamento social, as pessoas migram ainda mais para as redes sociais e a falta de equilíbrio entre distrair e tornar-se dependente de novidades, pode desenvolver ou potencializar a FoMO.

FOMO tem a ver somente com redes sociais?

R: Não, ela está ligada também com o medo da aceitação social e de si mesmo.

Por exemplo:

• Necessidade de aceitar convites para todas as festas, por medo de perder alguma coisa ou se sentir excluído.

• Não viver o momento e ficar se preocupando com fotografias para colocar nas redes sociais

• Constante medo de perder o que seus colegas de trabalho, ou de estudos estão fazendo e isso lhe gera uma ansiedade constante para verificar as redes sociais.

• Possibilidade de tomar atitudes drásticas só para sentir-se pertencente a algo ou algum grupo.

As redes sociais se tornaram meios de sustento para muitos. Isso pode prejudicar ainda mais com a síndrome?

R: Sim, é preciso focar no objetivo do uso da rede social e evitar os excessos e assuntos que não sejam pertinentes a aquele meio de sustento. O excesso da busca de informações pode ser prejudicial, pois aumenta ansiedade, depressão, e estresse que também acabam prejudicando a vida profissional.

Como pode ser feito o diagnóstico desta síndrome?

R: O diagnóstico pode ser feito através do psicólogo, que a partir do relato do paciente, identifique a presença da FoMO e o comprometimento emocional, social ou funcional causado no indivíduo.

O que fazer para tratar a FoMO?

R: Procure um especialista! Nesse caso, o psicólogo irá ajuda-lo a não deixar que esse medo de estar off-line das redes sociais, por exemplo, comprometa sua rotina diária. Com a terapia, auxiliará no uso das redes sociais de uma forma não tóxica e ajudará a trabalhar o medo de que outras pessoas tenham boas experiências, que você não tem.

Alguma dica extra sobre como lidar bem com notícias e informações?

R: Busque notícias que agreguem conhecimento e lembre-se que nas redes sociais dificilmente os fracassos estarão em evidência, então não é só você que tem problemas, muitos só não os expõem, mas isso não os isenta deles.

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