O Hospital de Campanha de Varginha teve o funcionamento prorrogado até fevereiro. A medida foi tomada devido ao aumento de casos de Covid-19 na cidade e também na região. Desta forma, o hospital não será mais desativado este mês como estava previsto.
Atualmente, o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) possui três pacientes internados, enquanto as enfermarias não possuem nenhuma internação. Dos três pacientes, dois são de Varginha e um de Campanha.
“Nesse tempo de funcionamento, 20% dos pacientes internados foram de cidades do entorno de Varginha. Tivemos pacientes internados no Hospital de Campanha de Elói Mendes, São Gonçalo do Sapucaí, Cambuquira, Três Corações, Cordislândia, Boa Esperança, Campanha, Coqueiral e Indaiatuba. O conjunto de leitos foi ampliado, mas para atender uma macrorregião”, explicou o Secretário Municipal de Saúde, Luiz Carlos Coelho.
O secretário destacou que a manutenção do funcionamento do Hospital de Campanha vai fazer com que mais cidades da região também possam utilizá-lo, em caso de necessidade. Como é o caso de pacientes de Três Corações, por conta da ocupação de 100% da UTI exclusiva para atendimento da Covid-19 no Hospital São Sebastião. Luiz Carlos pontuou como é a relação com o hospital da cidade vizinha.
“Essa relação é positiva, os leitos do Hospital de Campanha, a exemplo de todos os outros leitos que foram ampliados, estão à disposição da regulação do SUS Fácil. Através da regulação do SUS Fácil esses leitos são disponibilizados e à medida que os laudos vão chegando solicitando vaga, é automática a admissão dos pacientes”, disse.
Luiz Carlos Coelho detalhou o perfil dos pacientes que, geralmente, são internados pela Covid-19
“O perfil habitualmente se sobrepõe paciente idosos com mais de 60 anos, principalmente acima de 70 anos. E pacientes adultos jovens, ou em média idade, que apresentem comorbidades. Então, a gente tem pacientes que já possuem problema crônico de diabetes, ou que são obesos, hipertensos, cardiopatas. Essas patologias crônicas que esses pacientes apresentam, os deixam vulneráveis à complicações. Então, obviamente são os pacientes que mais internam, são aqueles que descompensam as patologias de base, que já uma série de interações medicamentosas dos medicamentos de uso contínuo. O importante é que a gente mantenha uma proteção muito grande desses grupos de risco e dos idosos que nas estatísticas são aqueles que mais figuram como pacientes que evoluem insatisfatoriamente”.
Possibilidade de nova prorrogação
O secretário de Saúde explicou que uma nova prorrogação de funcionamento do Hospital de Campanha, caso necessário, é avaliada por critérios do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
“Através dessas solicitações de habilitações de leitos que a gente consegue, através do cenário epidemiológico nosso, junto com a SES e o Ministério da Saúde, prorrogações. Nesse primeiro momento a gente já deixou uma possibilidade aberta de mais 60 dias de prorrogação e mais, caso seja necessário. Temos mais uma perspectiva de manutenção e uma nova onda, até mesmo o final do ano, o comportamento das pessoas. A gente tem que disciplinar o nosso comportamento social que nesse momento não permite aglomerações e manifestações de afeto”, pontuou.
Fonte: G1 Sul de Minas
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