‘Estamos juntos há 8 anos e nunca tivemos uma aresta, uma discussão’, disse Vérdi Melo sobre Antônio Silva

“Aprendemos muito com ele, o princípio da lealdade, da ética, de honestidade. Nós nunca tivemos um probleminha de corrupção que pudessem falar de nós aqui durante estes dois mandatos”.
O vice-prefeito Vérdi Melo reuniu a imprensa na tarde desta segunda-feira (6) para tentar explicar as razões que levaram Antônio Silva a renunciar ao cargo de prefeito de Varginha. O vice-prefeito vai ocupar o cargo de prefeito até as eleições. Entre os motivos, segundo Vérdi, a impossibilidade de estar no seu gabinete neste momento de isolamento. Além disse, ofensas nas redes sociais, ofícios de várias entidades pedindo que reconsiderasse a abertura do comércio e o fato de ter ficado sobre os ombros de Silva a responsabilidade pela reabertura.
Vérdi disse que tentou dissuadir Antônio Silva da intenção de renunciar ao cargo de prefeito. Além dele, também o Procurador do Município, Evandro Marcelo dos Santos, também. Sem sucesso.
“Ele com 78 anos, a gestão está muito dinâmica, com muitos problemas, ele entendeu por bem que para ele ficar pessoalmente aquí ficaria difícil em decorrência desse isolamento, para ele fazer um trabalho via televídeo acaba não funcionando, o prefeito tem de estar à frente da batalha, das discussões, do processo, vários fatos que culminou com a renúncia dele, eu fiquei extremamente chocado e chateado, e continuo, até porque estamos juntos há sete anos e alguns meses, podemos contar oito anos, e nunca tivemos uma aresta, uma discussão, nunca tivemos. E a lealdade para comigo e eu para com ele prevaleceu durante todo esse tempo”, explicou o então vice-prefeito.
Antônio Silva também ficou chateado pelos ataques que vinha sofrendo via redes sociais, atacando-o pessoalmente e não sua gestão. “Venceu o decreto, o prefeito gostaria de ter reaberto o comércio, no entendimento dele poderia ser uma abertura gradativa, com atividade de empresa dentro de uma normalidade, sobretudo das orientações do Ministério da Saúde, do Governo, da OMS que também tem divulgado muitas orientações”.
Sobre a manutenção do comércio fechado, Melo disse que primeiro vai dar uma “assentada”, tomar pé da situação. “Isso não estava nas nossas pretensões, vamos analisar isso com muito carinho, entendemos que a doença tá aí nos provocando um certo pavor, mas temos também de analisar nossa economia, não podemos deixar que pessoas morram de fome, estresse e depressão porque a situação é muito complexa, vamos fazer uma análise com muito carinho junto com os médicos, tomar uma decisão que for mais justa, mas nesse momento não temos ainda nossa decisão formada. Estamos nos recompondo porque foi um choque, desde o mais simples servidor ao mais graduado”.
Ainda sobre a abertura ou não do comércio do centro da cidade, Melo informou que criou um novo “Comitê de Crise”, com pessoas de fora da prefeitura, para ajudar na discussão do tema.
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