Varginha começa o ano de 2018 com mais demissões que admissões aponta o Caged




Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, órgão do Ministério do Trabalho, Varginha começou janeiro de 2018 demitindo mais do que admitindo. O comércio e a indústria são os vilões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (2).

Varginha não começou bem o ano de 2018 quanto à geração de empregos. Segundo o Caged em janeiro último o saldo entre admissões e demissões foi negativo. Os números mostram que 396 pessoas perderam seus empregos com carteira assinada sem reposição. Houveram 1.292 admissões contra 1688 demissões.

Esse número de janeiro é superior inclusive ao registrado em 2017 no mesmo mês. Em janeiro do ano passado o número também foi negativo, de 342 vagas, portanto, menor que este ano.

Os responsáveis foram o comércio e a indústria. No comércio o saldo ficou negativo em 133 vagas com carteira assinada. E a indústria local demitiu mais que contratou 107 empregados com carteira assinada. Na microrregião de Varginha o resultado também foi negativo em 634 vagas a menos.



Minas

Em Minas Gerais o saldo de empregos com carteira assinada em janeiro foi de 8.336 vagas, com expansão de 0,21 % em relação a dezembro de 2017. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o saldo foi de 3.149 postos de trabalho. O interior do estado respondeu por 62% das vagas.

De acordo com Caged, apenas 40% dos estados tiveram saldo positivo. O crescimento de 0,21% verificado em Minas Gerais superou, em termos percentuais, a aumento registrado, no mesmo período, em São Paulo (0,17%), líder do ranking em valores absolutos. Este foi o melhor janeiro em Minas desde 2012, em termos de geração de empregos, quando foram criados 16.452 postos formais. Em todo o país, o saldo de contratações e demissões em janeiro foi de 77.822 vagas, um aumento de 0,21% em relação ao estoque de dezembro de 2017. Esse resultado decorreu de 1.284.498 admissões e de 1.206.676 desligamentos.

Segundo os dados do Caged, em relação ao saldo de janeiro de 2017, o resultado deste ano representa um acréscimo de 0,22%. “Os dados do Caged mostram que as medidas tomadas pelo governo para recuperação da economia e dos empregos foram acertadas e estamos no caminho certo”, avaliou o ministro do Trabalho em exercício, Helton Yomura. Foi o melhor janeiro em seis anos, ou seja, desde 2012, quando foram abertas 118.895 vagas.

Tanto em Minas quanto no país, o carro-chefe da geração de empregos no país em janeiro foi a indústria de transformação, com a abertura de 6.024 postos de trabalho com carteira assinada no estado e de 49,5 mil vagas no país.

No Brasil, também contribuiu para o saldo positivo das contratações o setor de serviços, com 46.544 postos com carteira assinada no período. Juntos, os dois setores comandaram as contratações no primeiro mês do ano no país. “O crescimento nas vendas de automóveis impactou positivamente as contratações, sobretudo na indústria metalúrgica e nas montadoras”, destacou em nota, o subsecretário de Trabalho e Emprego da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), Antônio Roberto Lambertucci.

A agricultura, que costuma ter admissões nesse período de safra, registrou contratação líquida de 15.633 no país e de 1.098 trabalhadores em Minas. Boa parte das vagas foi gerada pelo setor de cultivo de soja, uma das mais relevantes no país.

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