Lojistas de Varginha: confiança em baixa; esperança na recuperação da economia




Esta semana foi divulgado que, depois de dois anos, o país finalmente teve um aumento no PIB (Produto Interno Bruto). O “pibinho” foi de 1% (uma miséria, até perto de países vizinhos pequenos, como Paraguai e Uruguai). Mas é a primeira vez que o país cresce em três anos. Para saber a opinião do empresariado da cidade sobre a economia nacional e os reflexos em Varginha, a Associação Comercial e Industrial de Varginha (ACIV) realizou pesquisa sobre a percepção dos lojista em relação à retomada da economia local.



“Em 2016 o Brasil sofreu uma das piores recessões da história. Ano passado a economia estabilizou. Tudo leva a crer que este será o ano do crescimento. E o empresariado local também pensa assim”, disse o presidente da ACIV, Anderson Martins.

A pesquisa foi feita por meio de entrevistas presenciais e virtuais. Quando o índice atinge a nota 100, significa situação estável. Acima disso, confiança em alta. Para baixo, confiança em baixa.

Resultados
No primeiro trimestre, o empresariado local se mostrou insatisfeito com a economia. O índice atingiu 82,33. Mas, para o trimestre futuro, pulou para 103,50. “Significa que o comerciante local acredita em uma melhoria da economia e das vendas nos próximos meses”, explica o gerente de Planejamento da ACIV, Guilherme Vivaldi.

Em relação às vendas, os lojistas estão insatisfeitos com a atual situação, mas também acreditam que o movimento vai aumentar nos próximos meses. No período caiu a baixa perspectiva de vendas (de 36% para 22%). Já a expectativa de alta nas vendas aumentou 20%. Mesmo otimismo não foi apresentado em relação à inadimplência. Os índices são praticamente os mesmos em relação à situação atual e os próximos meses.

Mais da metade dos entrevistados diz que a inadimplência não caiu – e vai continuar nos próximos meses.

A melhor avaliação foi quanto à percepção e expectativa do segmento em que o lojista atua. 25% acreditam que o movimento está ruim em seu setor. O índice cai para 6%, para os próximos meses. 36% acham que o movimento está bom atualmente; mas 66% acreditam que vai melhorar.

Já a pior avaliação foi quanto a investimentos. A porcentagem de entrevistados que não pretende investir em seu negócio passa de 26% (hoje) para 33% (para os 3 próximos meses).

Sobre a economia nacional, os lojistas são pé no chão. 80% classificam como ruim. Mas, para o futuro, o índice de empresários que acreditam que a situação está boa/normal passa de 20% para 51%. Tomara.

Foto: Marcus Madeira/Folha de Varginha

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