Mensalmente, mais de 900 mil pessoas dependem do transporte colevito urbano para se deslocar. O sistema atual conta com 21 linhas e uma frota de 57 veículos. Estes dados constam do projeto básico de reestruturação do sistema de transporte coletivo urbano de Varginha. Todas estas informações estão sendo discutidas e melhoradas antes de uma nova licitação. A Prefeitura de Varginha não renovou automaticamente a concessão da Empresa Autotrans que atualmente presta o serviço.
Segundo os dados levantados pela empresa Planum – Planejamento e Consultoria Urbana Ltda, contratada para fazer o diagnóstico do sistema atual, do total de 922.422 passageiros transportados mensalmente, 709.366 são pagantes. Naturalmente se conclui que 213.065 pessoas têm algum tipo de gratuidade (alunos, idosos, deficientes, etc). Detalhe interessante é que apenas seis linhas são responsáveis por 55,9% da demanda: Imaculada/Corcetti que transporta mensalmente 116.324 passageiros; Cidade Nova/Imaculada (99.098); Damasco/Bom Pastor com 98.172 usuários mensais; Carvalhos/Centro (70.222); Park Rinaldo/Rio Verde II (66.468); e Centenário/Centro (65.626).
Em contrapartida, a linha com menos movimento é a Aeroporto/Centro que transporta mensalmente 10.112 passageiros mensais.
Gratuidade
Em Varginha, 21,4% dos usuários do transporte coletivo não pagam. A Lei Municipal 6.369/17 revogou dois outros dispositivos e dá gratuidade aos maiores de 65 anos; maiores de 60 anos (60 passes mensais). E outros, como deficientes e alunos. Ao contrário do que muitos pensam a Prefeitura de Varginha não repassa dinheiro mensalmente à empresa que presta o serviço de transporte coletivo urbano. Com isso, quando se analisa a planilha de custos são computadas as gratuidades.
Segundo o responsável pelo Departamento Municipal de Transporte e Trânsito, Eduardo Sepini, pesa ainda no bolso dos varginhenses que pagam pelo serviço, os alunos da Rede Estadual de Ensino. Isto porque o Governo de Minas é que tem a responsabilidade de oferecer estas condições aos seus alunos. Uma das reclamações dos usuários é a pontualidade. No estudo, a empresa contratada informa que apenas 11% das viagens são realizadas com atraso. Não há, no entanto, indicação de como foi apurado esse item, se em pontos dos coletivos escolhidos aleatoriamente ou se medido apenas no ponto final de cada linha.
Outra reclamação dos usuários é que faltam ônibus nos horários de pico. Com efeito, no diagnóstico apresentado para discussão, de segunda a sexta-feira, entre 6 horas e 8 horas, a demanda apurada é de 5.732 passageiros. No horário de almoço (de 12 horas às 13 horas), 3.294 passageiros; e à tarde (17h às 19h), 6.308.
Como esperado, aos sábados, entre 8 horas e 13 horas, a demanda é de 8.327 passageiros. Aos domingos, o pico se dá entre 10h e 12h com a demanda apurada de 1.665 passageiros; e à tarde (16h às 19h), 3.111 usuários.
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