Rodovias que passam por Varginha são avaliadas como boas ou regulares segundo estudo da CNT









Das quatro principais estradas que atendem o Sul de Minas, três passam por Varginha: a BR-381 (Fernão Dias), BR-491 e MG-167. Estas estão classificadas como boa (Fernão Dias) e regular as outras duas, segundo o estudo divulgado nesta terça-feira (7) pela Confederação Nacional dos Transportes. A BR-459 atende Poços de Caldas a Lorena-SP e classificada como regular.

A 21ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias avaliou 105.814 km de rodovias, um acréscimo de 2.555 km (+2,5%) em relação a 2016. Foi percorrida toda a extensão pavimentada das rodovias federais e das principais rodovias estaduais do país. Neste ano, a pesquisa constatou uma queda na qualidade do estado geral das rodovias pesquisadas. A classificação regular, ruim ou péssima atingiu 61,8%, enquanto em 2016 esse índice era de 58,2%. Em 2017, 38,2% das rodovias foram consideradas em bom ou ótimo estado, enquanto um ano atrás esse percentual era de 41,8%.

BR-491 – Esta rodovia é a que serve mais cidades do Sul de Minas. O trecho avaliado é de 134 km mas no total tem 263,6 km, passando pelas cidades de São Sebastião do Paraíso, Itamogi, Monte Santo de Minas, Guaranésia, Guaxupé, Muzambinho, Monte Belo, Areado, Alfenas, Paraguaçu, Elói Mendes e Varginha, indo até o trevo da Fernão Dias.

O trecho avaliado pela CNT foi considerado regular no estado geral e no pavimento. Quanto à sinalização recebeu o conceito de bom, e péssimo no quesito geometria da via.

Segundo ainda o estudo, o trecho é bem servido de infraestrutura de apoio com 40 borracharias, 80 postos de combustíveis, e 55 restaurantes.



MG-167 – Rodovia que começa em Santana da Vargem. O trecho avaliado é de 45 km, até Varginha.

Também o trecho é bem dotado de infraestrutura com 10 borracharias, 15 postos de combustíveis e 15 restaurantes e lanchonetes. Já a Rodovia Fernão Dias aparece na pesquisa avaliada como em boas condições, classificada em 21º lugar entre as melhores do país.



Faltam investimentos

“A queda na qualidade das rodovias brasileiras tem relação direta com um histórico de baixos investimentos em infraestrutura rodoviária e com a crise econômica dos últimos anos “, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade. Segundo ele, a drástica redução dos investimentos públicos federais a partir de 2011 levou a um agravamento da situação das rodovias. Em 2011, os investimentos públicos federais em infraestrutura rodoviária foram de R$ 11,21 bilhões; em 2016, o volume investido praticamente retrocedeu ao nível de 2008, caindo para R$ 8,61 bilhões. Este ano, até o mês de junho, foram investidos apenas R$ 3,01 bilhões.

Para dotar o país de uma infraestrutura rodoviária adequada à demanda nacional, são necessários investimentos da ordem de 293,8 bilhões, segundo o Plano CNT de Transporte e Logística.

Apenas para manutenção, restauração e reconstrução dos 82.959 km onde a Pesquisa CNT de Rodovias 2017 encontrou trechos desgastados, trincas em malha, remendos, afundamentos, ondulações, buracos ou pavimentos totalmente destruídos são necessários R$ 51,5 bilhões.

A 21ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias foi realizada em 30 dias, por 24 equipes de pesquisadores, com cinco equipes de checagem. Além da avaliação do estado geral, do pavimento, da sinalização e da geometria da via, a pesquisa traz informações sobre infraestruturas de apoio, como postos policiais, postos de abastecimento, borracharias, concessionárias e oficinas de caminhões ou ônibus, restaurantes e lanchonetes.

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