Varginha oferece alimentação saudável aos alunos e venda de refrigerantes é proibido nas cantinas




A discussão sobre o tipo de alimentação a ser servido aos alunos nas escolas brasileiras está em foco na Câmara dos Deputados. Projeto de lei que proíbe a venda de refrigerantes nas escolas do ensino fundamental, do 1° ao 9° ano, foi aprovado pela Comissão de Constituição e de Justiça da Câmara (CCJ). O projeto, do deputado mineiro Fábio Ramalho, está pronto para ser votado no plenário.

Em Varginha, por exemplo, não só o refrigerante tem a venda proibida nas escolas municipais, mas também salgadinhos e frituras. A nutricionista Responsável Técnica da Prefeitura de Varginha, Marcélia Maíra Prado, informou que segue a Lei Estadual 15.072, de 2004 e a Nota Técnica 02/2012 do Ministério da Educação.

Marcélia disse que a merenda oferecida aos alunos das escolas municipais “são de qualidade, nutritiva e saudável”. E reconhece que em algumas escolas há cantinas ou barzinhos com outra fonte de oferta de alimentos.

Atendendo a padronização dos alimentos e na promoção de uma alimentação saudável em Varginha “fica proibida a venda de alimentos como salgadinho industrializado, frituras, hambúrguer, empada, sorvete, picolé, chup-chup, bala, pirulito, chiclete, pipoca doce, refrigerante, sucos artificiais, achocolatado industrializado, bolos recheados ou confeitados, doces, cachorro-quente e folhados”.

Do lado dos alimentos permitidos estão: salgados assados (com recheio de frango, queijo, atum ou sardinha, carne e legumes), desde que a massa não seja folhada ou rica em gordura (do tipo massa de empada), pão de queijo, suco natural, iogurte, salada de frutas, sanduíche natural (com os mesmos recheios permitidos aos assados), bolo sem recheio ou cobertura, biscoito de polvilho.

Quanto à lei federal aprovada na CCJ, na justificativa do projeto, Fábio Ramalho afirma que obesidade infantil vem crescendo e, com ela, as preocupações dos pais em fazerem com que seus filhos percam peso e evitem danos à saúde. “Um dos grandes vilões da obesidade infantil é o consumo indiscriminado de alimentos de alto teor energético e pouco nutritivos. Estudos demonstram que uma das maiores fontes de gordura e açúcar na dieta infantil vem dos lanches escolares, que cada vez mais se reduzem a alimentos industrializados e pouco saudáveis, quando não nocivos à saúde,” diz.

Em outro trecho da justificativa, o deputado afirma que a obesidade infantil vem acompanhada, em muitos casos, de múltiplas complicações como o diabetes, o aumento dos níveis de colesterol no sangue, a hipertensão arterial e outros problemas cardiovasculares. Segundo o texto, a obsesidade já atinge cerca de 10% das crianças brasileiras.

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