Três cooperativas de Varginha estão entre as 50 maiores de Minas Gerais. No ranking do “12º Anuário do Cooperativismo Mineiro”, no item receitas totais, o Sul de Minas é representado por 13 empresas, entre as 768 do gênero. Os dados são de 2016.
Lançado pelo Sistema Ocemg, em julho último, o anuário mostra o desempenho do cooperativismo mineiro em 2016. O evento contou com uma palestra da economista e comentarista da Rádio Itatiaia, Rita Mundim.
No item “Ativos Totais”, entre as 50 maiores cooperativas de Minas, o Sicoob Credivar aparece em 12º lugar e a Minasul em 15º. O Sul de Minas comparece com 13 cooperativas entre as 50 maiores no item “Receitas Totais”. A Cooxupé lidera a relação, seguida da Minasul em 4º; Cocatrel em 5º; Capebe (Boa Esperança), em 7º; CooperRita (Santa Rita do Sapucaí), em 19º; e Coopama (Machado) em 20°.
E mais sete cooperativas da região. São elas: Coopercam (Campo do Meio e Campos Gerais), em 23º; Cooperbom (Bom Despacho), em 25º; Unimed/Poços de Caldas, em 26º; Unimed/Sul Mineira (Pouso Alegre), em 38º. A Coopervass (Vale do Sapucaí) aparece em 42º; a Unicred Sul de Minas em 43º; e a Unimed/Varginha em 49º lugar.
Os quatro ramos do cooperativismo, responsáveis pela maior parte da movimentação de renda em Minas Gerais, foram Agropecuário, Crédito, Saúde e Transporte. Juntos, eles representam 99% dos R$ 43,3 bilhões. O Estado permanece na dianteira da produção de leite e café no país.
Minas Gerais é responsável por 56,3% da produção do grão no Brasil, sendo que as cooperativas mineiras foram responsáveis por 55,9% desse total em 2016, um aumento de quatro pontos percentuais em relação ao ano anterior. No caso do leite, a participação cooperativista na produção no mesmo período foi de 30,1%.
O sucesso da produção cafeeira, segundo o diretor presidente da Coocafé, Fernando Cerqueira, é fruto de muito trabalho. “É importante ver no Anuário a concretização do esforço durante o ano de 2016 para expandir o nosso negócio, diversificá-lo e buscar novos mercados. O modelo cooperativista ganha mais respeito quando visto com números concretos como esses”, disse.
Resultados que são consequência de dedicação e gestão, segundo presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato. ”O cooperativismo mineiro segue contrariando as expectativas da economia brasileira, que experimenta a sua pior recessão. E não é por acaso. Isso significa um esforço de gestão e liderança, especialidades do Sistema Ocemg”, afirmou.
Visão compartilhada pela economista Rita Mundim. Durante a sua palestra “Cooperativismo Mineiro: o Brasil que dá certo”, a especialista afirmou que o segmento é o modelo econômico do futuro.
Ela também apresentou um dado animador: em cinco anos, cerca de 50% da população mineira estará envolvida economicamente com o setor. Para que essa projeção se concretize, Mundim sugere a propagação dos preceitos cooperativistas. “O cooperativismo tem se mostrado um exemplo eficiente e sustentável, mas ainda precisamos que mais pessoas o conheçam. Por isso é importante levar esse conhecimento para as escolas, faculdades e para a população interessada em geral”, explica.
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