Varginha tem relação médico/habitantes melhor que a média nacional e das maiores da região







Dados do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais mostram que Varginha tem 403 profissionais registrados, ou uma relação de um médico para cada 305 habitantes. Este número é muito superior ao que a Organização Mundial de Saúde – OMS indica (1/1000) e também da media nacional, de 1/622. No índice disponível no site do CRM-MG Varginha consta ainda como tendo 123.081 habitantes.

Dentre as maiores cidades da região, Pouso Alegre tem a melhor relação, de um médico para cada 197 habitantes, seguida de Varginha e de Poços de Caldas (1/315).

Onde mais tem médicos na região, proporcionalmente ao número de habitantes é Alfenas. Na vizinha cidade tem um profissional para cada 194 habitantes. Outras cidades do Sul de Minas também apresentam boas relações como Itajubá (1/208) e Passos (1/293).

Na outra ponta, há cidades onde não há médicos listados como Passa Vinte, Serranos, Consolação, Marmelópolis, Wenceslau Braz, Bandeira do Sul e Ibitiúra de Minas. Estes municípios estão muito próximos a cidades polos.

Considerando-se as microrregiões do Sul de Minas, a melhor relação médico/habitante é a de Itajubá, com um médico para cada 384 habitantes. Segue-se Pouso Alegre (395), Alfenas (408), Passos (494), Poços de Caldas (506), Varginha (520), São Lourenço (540), Andrelândia (923) e Santa Rita do Sapucaí (1.087).

A microrregião de Varginha soma 441.060 habitantes e tem registrado no Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais 849 médicos.

Brasil

A nível de país, a relação média observada de 1/622 habitantes está muito abaixo do parâmetro da OMS devido à grande concentração de médicos ativos verificada nas regiões Sudeste (1/455 hab.), Sul (1/615 hab.) e Centro-Oeste (1/640 hab.). Somente as regiões Nordeste e Norte estão próximas deste parâmetro, apresentando relação média de 1/1.063 e de 1/1.345 habitantes, respectivamente.

No Norte, apenas Roraima (1/762 hab.) apresenta uma relação média abaixo de 1/1.000 habitantes; o que também ocorre em cinco (55,6%) dos estados do Nordeste. Uma análise comparativa dos estados, indica que 16 deles (59,3%) apresentam uma relação abaixo de 1/1.000 hab., sendo que o Rio de Janeiro (1/302 hab.) e o Distrito Federal (1/309 hab.) são os que apresentam a maior concentração de médico por habitante, ultrapassando, inclusive, São Paulo (1/471 hab.).

Em sentido inverso, destacam-se o Maranhão (1/1.917 hab.), seguido do Pará (1/1.500 hab.), Amapá (1/1.484 hab.), Rondônia (1/1.450 hab.), Piauí (1/1.420 hab.), Acre (1/1.374 hab.)Tocantins (1/1.329 hab.), Ceará (1/1.161 hab.), Amazonas (1/1.132 hab.), Bahia (1/1.116 hab.) e Mato Grosso (1/1.041hab.). Destes, somente Acre e Amapá mantém esta relação média acima de 1/1.000 habitantes, também, em suas capitais e regiões interioranas.

Não obstante, Tocantins (1/959 hab.) e Rondônia (1/968 hab.) estarem no limite em suas capitais, merecem destaque pelo fato de apresentarem elevada relação média em suas regiões interioranas (1/1.413 hab. e 1/1.725 hab., respectivamente), justamente onde está concentrada a maioria da população e dos médicos ativos. Este desempenho foge à regra, evidenciando falta de médicos no interior desses estados, sem que se configure concentração de médicos nas suas capitais.

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