Formandos da Unifal reclamam de empresa contratada para festa em Minas Gerais



Formandos da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) estão revoltados com a empresa que organizou a formatura de cinco cursos da instituição. Eles dizem que a prestadora do serviço não cumpriu o que foi combinado no contrato.

“Foi prometido um show no sábado. E de fato foi um show: um show de horrores”, disse a universitária Maria Luísa Barone de Souza.

Alunos dos cursos de Biologia, Geografia, Letras, Matemática e Pedagogia da Unifal se uniram para realizar o baile de formatura. Cada formando pagou R$ 3,8 mil para a realização da festa. “Nós quitamos todo o nosso contrato e nós não tivemos nem metado do que a gente pagou naquela festa. Faltou comida, a bebida estava quente. Fiquei com vergonha dos meus convidados”, contou Maria Luísa.

Segundo os universitários, contando com parentes e amigos, a festa foi programada para receber 900 convidados. Mas, o que restou foi um sentimento de indignação e revolta. “A gente levantou uma rifa para vender uma câmera fotográfica, que era para pagar a banda. Chegou no dia, a banda não foi paga. Não houve. A gente vendeu uma rifa para um fusca também, que era para pagar rebaixamento da quadra, e chegou no dia o serviço não estava muito bem elabora. A gente pagou convites extras, para levar todos os nossos amigos. E chegou no dia a gente conseguiu levar, mas a festa não foi como planejado”, contou a universitária Rafaela Santos Figueiredo.

A empresa contratada para organizar e realizar a colação de grau, missa e o baile de formatura, é de Poços de Caldas (MG). Segundo os estudantes, além de não cumprir itens do contrato, ela não teria quitado com os fornecedores e prestadores de serviço como havia combinado. Sem parte do pagamento, os garçons pararam de trabalhar no meio do evento. A banda principal, que animaria a festa, também não subiu ao palco por falta de pagamento.

“A segunda atração não teve como tocar. Eles chegaram e foram embora em questão de uma hora, porque não tinha como cumprir o serviço”, disse a professora Vitória Borotto.

Eles contam que, dois dias antes do baile, ainda na colação de grau, perceberam que alguma coisa poderia estar errada com a empresa. Além da cerimônia que começou com 1h30 de atraso, o roteiro do evento teve que ser elaborado pela própria comissão de formatura.

“A minha filha, o que ela formou e conseguiu, foi com esforço dela. Ela trabalha à noite, ela pagou a faculdade, ela sonhou com essa festa. Então ela chegava em casa toda empolgada, me contando ‘mãe, vai ter isso e aquilo’. E no final não foi nada daquilo”, disse Luci Maria Vieira dos Santos, mãe de uma formanda.

De acordo com o advogado Carlos Cornwall, os formandos podem pedir a devolução do dinheiro pago para a realização do baile. Ele diz ainda que cabe uma indenização. “Caberá, além desses danos financeiros ou que a gente chama de materiais, também o dano moral, que poderá ser impetrado pelos consumidores diretamente lesados”.

“A gente acha que só um processo judicial mesmo para a gente conseguir fazer valer nosso direito e fazer com que outras pessoas não passem por tudo que nós passamos”, finalizou a formanda Maria Luísa.

Fonte: G1 Sul de Minas

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