A violência doméstica e familiar contra a mulher caiu, entre 2015 e 2016, em todo o Estado e também na capital. Em Minas, foram 2.681 ocorrências a menos deste tipo de crime no último ano, o que representa uma queda de 2,08%. Já na capital, o decréscimo foi de 1,74%, com 15.224 casos registrados no ano de 2015 e 14.960 em 2016.
Na Região Integrada de Segurança Pública – Risp de Lavras, onde se encontra Varginha, os registros em 2016 mostram queda. São 640,87 ocorrências por 100 mil habitantes no ano passado, o que coloca a região com o sinal amarelo, de atenção.
Individualmente, Varginha consta do estudo com o sinal vermelho com taxa de 7,97 registros por 100 mil habitantes em 2016. Em queda, no entanto, uma vez que os números de 2014 e 2015 foram maiores. É possível apontar que apenas em pequenas cidades as taxas anuais registradas podem ser classificadas com o selo verde.
As taxas por 100 mil habitantes de algumas cidades da região em 2016 são as seguintes:
– São Bento Abade, 11,88;
– São Tomé das Letras, 3,83;
– Três Corações, 8,32;
– Três Pontas, 7,47;
-Varginha, 7,97.
Na cidades acima, São Tomé das Letras e Três Pontas possuem taxas com selo amarelo, no estudo. As outras, selo vermelho.
Avaliando a taxa de violência doméstica entre as regiões, que leva em conta a densidade populacional, a região de Uberaba é, pelo segundo ano consecutivo, a que apresenta maior taxa de registros (796 a cada 100 mil habitantes). A região de Patos de Minas fica com o segundo lugar (726 a cada 100 mil habitantes).
Na outra ponta, com os menores índices, está a região de Uberlândia, com média de 445 registros de Maria da Penha a cada 100 mil habitantes. Vale ressaltar, inclusive, que nenhuma das 18 cidades que compõem a Região Integrada de Segurança Pública (RISP) de Uberaba ficou com taxa acima da média do Estado. A RISP de Contagem fica com a segunda posição com 504 registros de violência doméstica e familiar a cada 100 mil habitantes.
Em todas as regiões do Estado, segundo o diagnóstico, a violência física é o tipo de agressão mais sofrida pelas mulheres, o que inclui crimes como lesão corporal, vias de fato, homicídio e tortura.
Perfil do agressor
O estudo traz uma análise dos perfis das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar no Estado e constata que em aproximadamente 38% dos casos, os agressores são cônjuges e companheiros e, em 31%, ex-cônjuges e ex-companheiros. A maior parte das vítimas tem a cor da pele parda (46%), seguida da cor branca, em 33% dos casos.
Quando a escolaridade das vítimas é avaliada, pode-se afirmar que 23% delas possuem ensino fundamental incompleto, seguido de 19% que são alfabetizadas e 18%, que possuem ensino médio completo. A faixa etária prevalecente entre as mulheres vítimas, com 30%, é de 25 a 34 anos de idade, sendo que 73% delas tinham entre 18 e 44 anos de idade.
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