Com o período de chuvas, normais para esta época do ano, a situação do Cine Rio Branco preocupa. Sem manutenção há anos, há infiltração em razão de telhas quebradas que serão agora substituídas com custos pagos pelos próprios proprietários, mesmo sendo o imóvel tombado. Há o risco da proliferação de larvas do mosquito da dengue.
O representante da família que possui a maioria das cotas do Cine Rio Branco, o advogado Fernando Sergio Prince, informou que os próprios condôminos vão pagar para trocar as telhas quebradas do prédio. Apesar do prédio ser tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – Iepha, não há recurso público para a manutenção do local.
Na verdade, os problemas do cinema vão muito além de telhas quebradas. Localizado em local nobre, na Avenida Rio Branco, centro de Varginha, o prédio está abandonado desde que fechou as portas, em 1998. Último filme em cartaz, “Titanic”.
Um laudo de vistoria elaborado por engenheiros, apresentado em audiência na Câmara Municipal de Varginha, em agosto de 2013, já indicava problemas. Apontou-se a necessidade de revisão geral nas esquadrias metálicas, na cobertura e no forro. Já na época detectou-se “pontos com indícios de infiltrações”. Nada se fez, desde então.
O elemento mais exposto à crítica é a marquise da fachada principal. Felizmente, nela os engenheiros não encontraram “anomalia na sua estrutura”.
Relembre
O Cine Rio Branco foi inaugurado em 11 de agosto de 1956, projeto de José Braga Jordão e desenho de Edgard de Brito, com 1480 lugares com o status de possuir a maior tela da América Latina. Empreendimento de iniciativa da Empresa Cinematográfica Prince de Souza. Na estreia, o filme “Rapsódia”.
Os proprietários fecharam o cinema em agosto de 1998. Último filme em cartaz, “Titanic”.
Ainda em 1988, com a divulgação de uma possível venda do imóvel, paralelamente, iniciou-se o “Movimento dos Sem Tela”. A intenção era o tombamento do prédio para que alí fosse instalado um Centro Cultural.
Além de passeatas e abaixo-assinado, os líderes do movimento conseguiram apoio inclusive de vereadores. E conseguiram trazer a Varginha o presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – Iepha, Ângelo Oswaldo de Araujo, hoje secretário de estado da Cultura. E o Cine Rio Branco foi tombado em 11 de agosto de 1999.
Como não se conseguiu o dinheiro para a desapropriação do prédio como pretendia o Centro Cultural Oneyda Alvarenga, e em razão das imposições do Iepha para uso do prédio, até hoje os proprietários não conseguiram vendê-lo. A fachada, o mezanino e a tela não podem ser alterados.
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