Varginha está entre as cinco cidades do Sul de Minas com maior taxas de sobrevivência de micro e pequenas empresas. Isso é o que mostra o estudo “Sobrevivência das empresas no Brasil”, que foi realizado pelo Sebrae com empresas criadas em 2012 e que se mantiveram no mercado até 2014.
Além de Ouro Preto, que conquistou o primeiro lugar no ranking dos 454 municípios do país que tiveram 500 ou mais empresas constituídas em 2012, outras 35 cidades mineiras ficaram acima da média nacional.
No Sul de Minas, Varginha ocupa o quinto lugar com 1.317 empresas criadas em 2012 sendo que dois anos depois, ou seja, em 2014, 77,1%, se mantiveram. As outras quatro cidades com melhores índices na região são Pouso Alegre, Itajubá, Alfenas e Lavras.
De acordo com o levantamento, Minas Gerais registrou 77,4% de sobrevivência e está entre os estados que apresentaram taxa maiores que a média nacional (76,6%). “A cada 100 empresas mineiras que abriram em 2012, aproximadamente 23 fecharam as portas até o final de 2014”, explica a analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas Venússia Santos.
Os fatores que contribuem para o fechamento das empresas no mercado são diversos. O estudo destaca que, antes da abertura do negócio, uma proporção maior de empreendedores que encerraram as atividades estavam desempregados, possuíam pouca experiência no ramo, abriram a empresa por necessidade, não planejaram ou tiveram menos tempo para planejar a empresa.
Após a abertura do negócio, tiveram dificuldades gerenciais, não conseguiram empréstimos em bancos, não aperfeiçoaram seus produtos/serviços, nem investiram na capacitação da mão-de-obra, inovando menos e deixando de lado o acompanhamento rigoroso de receitas e despesas. “A sobrevivência ou a mortalidade da empresa é definida por uma série de fatores, que atuam de forma individual ou simultaneamente”, justifica Santos.
A pesquisa mostra ainda que a taxa de sobrevivência dos pequenos negócios mineiros vem crescendo ano a ano. Das empresas constituídas em 2008, 59,5% sobreviveram nos 2 primeiros anos. Daquelas que iniciaram a atividade em 2009 e 2010, 60,1% e 77,2%, respectivamente, estavam em atividade nos 2 anos seguintes. A partir daí, houve uma estagnação do aumento da taxa de sobrevivência das empresas de 77,3% em 2011 e de 77,4% em 2012.
“O aumento das formalizações do Microempreendedor Individual (MEI) chegou a 65% no universo de pequenos negócios brasileiros em 2012 e contribuiu fortemente para as taxas crescentes de sobrevivência nos primeiros anos. Isso porque possui uma taxa de sobrevivência (87%) superior à de microempresas (55%)”, justifica Santos.
O estudo revela ainda as taxas de sobrevivência para os setores da economia. A Indústria e da Construção mineira tiveram as melhores taxas de sobrevivência, 79,8% e 78,3%, respectivamente. O Comércio chegou a 77,5% e Serviços com 76,3%.
Entre as capitais, Belo Horizonte foi a terceira com o maior número de estabelecimentos de pequeno porte criados em 2012 (33.606 empresas). Porém, no ranking das capitais com as melhores taxas de sobrevivência, ficou em 13º lugar, com o índice de 76%.
Justificativas dos brasileiros
A pesquisa do Sebrae também verificou que, para 31% dos empresários brasileiros que fecharam o negócio em 2014, os principais motivos foram as despesas com taxas e impostos, os custos e os juros. Além disso, a baixa clientela e a forte concorrência também prejudicaram 29% dos entrevistados.
Outros fatores incluem problemas financeiros, inadimplência e falta de linhas de crédito (25%), e problemas de gestão e de administração (25%).
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