Ritmo de demissões foram menores no ano passado do que em 2015 em Varginha



Varginha está se recuperando da crise que abala o Brasil já há alguns anos. Os números divulgado pelo Caged na última sexta-feira (20) apontam que houve mais demissões em 2016 do que criação de novas vagas de trabalho. Os números, no entanto, são bem melhores do que os registrados em 2015.

No ano passado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, computando-se os 12 meses do ano, o saldo de emprego em Varginha foi negativo em 305 vagas. Ou seja, mais pessoas perderam seus empregos formais do que vagas foram criadas. Contudo, os números são bem melhores do que o registrado nos 2015 quando 1009 pessoas com carteira assinada perderam seus empregos. E estas vagas não foram preenchidas.

Observando-se apenas os meses de dezembro de 2016 e 2015, o resultado do ano passado também foi negativo (-321) mas em número bem inferior ao registrado em 2015 (-663). O que se espera é que este número seja positivo já ao final de 2017.

De positivo no ano passado o setor de serviços. Conforme demonstrado pelo G1 Sul de Minas, este segmento apresentou mais contratações do que demissões no ano. Varginha, com 465 vagas criadas com carteira assinada a mais do que as demissões, foi a cidade da região com melhor desempenho neste segmento, seguida de Passos.



Resultado em Minas

Em Minas Gerais o resultado do Caged do ano passado foi o segundo pior da série histórica, que começou em 2002. Em 2016 foram extintas 117.943 vagas no Estado. Pior do que o registrado em 2015 que chegou a 197.091.

Já o país perdeu 462.366 vagas de emprego formal em dezembro de 2016, uma variação negativa de 1,19% em relação ao mês de novembro do mesmo ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado de 2016, foram eliminados 1.321.994 postos de trabalho no Brasil, diminuindo o estoque de vagas formais em 3,33%.

Foram registradas 869.439 admissões e 1.331.805 desligamentos no período. O resultado mantém a tendência de mais demissões que contratações no mercado de trabalho brasileiro. A queda no estoque de emprego nas cinco regiões foi 22,4% menor que a observada no mesmo período de 2015.

A série histórica do Caged mostra que entre 2002 e 2016 ocorreram resultados negativos no estoque de vagas formais apenas em 2015 e 2016. A maior geração de empregos no período foi em 2010, quando 2.223.597 postos de trabalho foram criados. Os anos seguintes apresentaram resultados positivos, mas decrescentes.

De acordo com os dados, os oito setores de atividade econômica avaliados sofreram queda no nível de emprego. O setor de Serviços teve a maior redução do estoque de vagas em termos absolutos, com 157,6 mil postos a menos. O setor Indústria de Transformação perdeu 130,6 mil vagas. A maior queda percentual foi na Construção Civil, com 82,5 mil postos de trabalho fechados, o que representa um encolhimento de 3,47% do setor. O segundo maior recuo foi na Agricultura, com 48,2 mil vagas a menos.



Salários

O Caged informou também que o salário médio de admissão em 2016 caiu 1,09% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de R$ 1.389,19, em 2015, para R$ 1.374,12, em 2016.

O relatório aponta que os salários dos homens caiu mais que o de mulheres no período. O salário deles caiu em média 2,43% em 2016, enquanto o delas caiu 0,99%. Com a redução dos salários masculinos, a média de salarial das mulheres passou a representar 89,24% do que eles recebem.

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