Pleno do STJD absorve Boa Esporte Clube e mantém punição para o Guarani de Campinas



Em última instância o Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou as infrações da final da Série C do Campeonato Brasileiro 2016. Antes punido com multa e perda de mando, o Boa Esporte teve a decisão reformada e conseguiu a absolvição. A decisão foi proferida por maioria dos votos na tarde desta quinta, dia 26 de janeiro.

Também denunciado, o Guarani teve a pena de multa total de R$ 22 mil e a perda de um mando de campo com portões fechados, mantidas, e ainda perdeu o direito da carga de ingressos em seis jogos como visitante. Suspenso por 180 dias por agressão contra o árbitro, o atleta Ferreira teve a pena mantida.

Realizada no Estádio do Melão a partida foi marcada por infrações graves. Pelo Guarani o atleta Ferreira foi expulso no segundo tempo por praticar jogada violenta ao atingir o adversário com uma cotovelada na altura do peito na disputa de bola. Inconformado com o recebimento do cartão vermelho, o atleta agrediu o árbitro Marcos Mateus Pereira com um empurrão que levou o árbitro ao chão. Por apresentar resistência para deixar o gramado, Ferreira precisou ser contido pelos companheiros de equipe e pela policia militar. Após o jogo o árbitro registrou Boletim de Ocorrência contra o jogador.

Já próximo do fim da partida, aos 40 do segundo tempo, o jogo foi paralisado pelo uso de sinalizadores onde estava localizada a torcida do Guarani. Com o apito final um tumulto por parte da torcida do Guarani.

Julgados pela Quarta Comissão Disciplinar os Auditores aplicaram ao zagueiro Ferreira suspensão de 180 dias por agressão contra o árbitro; Boa Esporte multado em um total de R$ 13 mil e o Guarani multado em um total de R$ 22 mil. Ambos os clubes receberam ainda a perda de um mando de campo com portões fechados. Após proferida a decisão, clubes, atleta e Procuradoria recorreram.

Julgamento no Pleno

Em defesa do Boa Esporte o advogado solicitou a exibição da prova de vídeo com a declaração do comandante da policia militar e afirmou que o julgamento em primeira instância frustrou muito o clube.

Do lado do Guarani o defensor explicou as ocorrências no dia da partida e destacou que foram realizadas blitz antes da chegada da torcida do Guarani no estádio e ao encontrarem drogas e outras situações não autorizadas, a polícia militar tratou de forma inadequada os demais torcedores e pode ter desencadeado reações.

Relatora do processo no Pleno, a Auditora Arlete Mesquita justificou e votou para manter a decisão da Comissão na íntegra.

O Auditor João Bosco votou em seguida. “Voto pela manutenção da pena do atleta e, se tiver interesse, que requeira o cumprimento da metade em ação social.

Quanto ao Boa Esporte, em todas as imagens vi uma ação da polícia permanente e nenhum ato da torcida do Boa que pudesse prejudicar. Voto para absolver o Boa e manter as penas ao Guarani, acrescendo ainda a perda da carga de ingressos em seis jogos como visitante”.

O voto divergente foi acompanhado pelos Auditores José Perdiz, Mauro Marcelo de Lima e Silva, Antônio Vanderler e Paulo César Salomão Filho.




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