Fonte Blog do Madeira
Por Margarida Halacoc/Revista Viés
O ritmo é de contagem regressiva e muita expectativa para o show de Renato Teixeira em Varginha, na noite do dia 11 de fevereiro, no Teatro Capitólio. O poeta da simplicidade, encantador de gente, pegará mais uma vez sua viola, botará na sacola e virá para o Sul, de Minas. O show intimista, bem pertinho dos fãs, desfia sucessos de um Renato lendário, que expôs seu talento para os ouvidos do público, dos idos anos da década de 60 e nunca mais se separou dos fãs que cativou.
O menino que cresceu vendo o mar verde e lindo de Ubatuba, não progrediu como surfista. Até pensou em ser arquiteto, mas o pensamento chegou atrasado: já havia sido seduzido por outra construção, outras linhas e cordas: a da viola. Não teve jeito. “Passou a arquitetura e ficou o verso”, como ele mesmo diz. Ah, que sorte a nossa! A influência de uma autêntica vida de caipira, Renato sorveu por inteiro da região do Vale da Paraíba (SP) e sempre a honrou, com incorruptível dignidade.
Do Vale para os memoráveis palcos dos festivais da Record, em São Paulo, foi um pulo. O poeta anônimo sairia então do clarão da lua de São José dos Campos, para os holofotes dos fervilhantes palcos dos Festivais da Record, em São Paulo. Em 1967, teve a voz impecável de Gal, que também iniciava sua carreira por aqueles tempos, defendendo sua primeira canção conhecida, “Dadá Maria”.
A vida de tocador de viola seguia assim, serena. Atravessou o Tropicalismo, viu o desembocar da Bossa Nova, tudo “normal” para um Renato Teixeira que remava tranquilo com seu Grupo Água, até que a banda desaguou de repente nas curvas de um rio, chamado janeiro, onde colidiu com ninguém menos que o furacão Elis Regina. Elis se encantou com Romaria e convidou o amigo para gravar com ela, virando assim, de pernas para o ar e para sempre, a vida até então pacata do simpático violeiro.
Daí pra frente, todos conhecemos. Renato compôs um rosário inteiro de canções magnificas, resultantes de outras profícuas parcerias, com Pena Branca e Xavantinho, Sérgio Reis, Almir Sater e tantos outros. É nesse baú memorável que o poeta Renato anda a burilar, cismar e reinar ultimamente. Ganhou cúmplices como o filho, Chico Teixeira, a “Amizade Sincera”, de Serjão (Reis). Em Varginha, sobe ao palco, mais uma vez, para presentear seu público com clássicos como “Cuitelinho”, Romaria, entre muitos, muitos outros, garimpados em mais de 25 álbuns tecidos vida afora, durante as manhas e as manhãs, ao sabor das massas e das maçãs. O compromisso? Cantar para o seu público e defender a verve caipira autêntica, que sempre o norteou.
Serviço:
Projeto “Na Rota da Boa Música”.
Ingressos: R$50 (inteira) / R$25 (meia)
Ponto de venda em Varginha: Pré Festa Ingressos– Rua Dona Zica, 46 A – Vila Pinto.
On-line: http://bit.ly/RenatoTeixeiraVarginha[Faça o bem] A organização convida o espectador a doar um livro, que deve ser entregue na entrada do Theatro Capitólio no dia do show. Ao final do projeto, estes livros serão catalogados e entregues a uma biblioteca pública da região do Sul de Minas.
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