Postado por: Guilherme Campos
A tragédia de Mariana (MG) é tema de debate na noite desta sexta-feira (4) na Faculdade de Direito do Sul de Minas (FDSM) em Pouso Alegre. Aberto ao público, o evento reúne professores universitários que debatem os impactos do desastre social e ambiental, que começou com o rompimento da barragem de Fundão e cobriu de lama do distrito de Bento Rodrigues, seguindo pelo Rio Doce até alcançar o mar em Regência (ES). Neste sábado (5), o episódio completa um ano.
“Foi um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil”, diz o professor Rafael Simioni, palestrante e um dos organizadores do debate. “Essa reflexão é importante porque não podemos esquecer o que aconteceu. A lama depositada na calha dos rios forma uma paisagem de destruição, mas há outra destruição, silenciosa também, que é a questão dos pescadores, das populações ribeirinhas e das famílias atingidas pelo rompimento da barragem da Samarco”, aponta, fazendo referência à mineradora responsável pela barragem.
Rompimento de barragem em 5 de novembro de 2015 deixou rastro de destruição entre MG e Espírito Santo (Foto: Luciano Costa / Arquivo pessoal)
A programação começa às 19h, com palestras sobre educação e gestão ambiental, o papel do Estado na prevenção a incidentes como o de Mariana, recuperação de áreas degradadas, a relação entre direitos humanos e empresas e o rompimento da barragem em Minas Gerais como um problema global. Entre os palestrantes, professores da USP e Unicamp.
Durante o evento, batizado de “Um ano de Samarco”, ainda haverá abertura para discussão com o público e a abertura da exposição fotográfica “O Vale, a Vala e a Lama”, assinada pelo professor Luciano da Costa, que também é fotógrafo.
Luciano da Costa assina exposição ‘O Vale, a Vala e a Lama’ (Foto: Rafael Simioni / Arquivo pessoal)
Junto com Simioni, Costa refez o percurso de lama deixado pela barragem, às margens do Rio Doce e afluentes, em janeiro deste ano.
“A exposição constitui uma narrativa sobre três questões ambientais do Vale do Rio Doce: a lama, os desertos de eucaliptos e os processos de desertificação. É um trabalho do Luciano Costa que une, ao mesmo tempo, uma estética artística com uma discussão política, econômica e social.
Serviço
“Um ano de Samarco”
Onde: Salão do júri da FDSM, na Avenida Dr. João Beraldo, Centro, Pouso Alegre
Quando: nesta sexta-feira (4), às 19h
Entrada franca.
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