Outubro registra ritmo menor de demissões em Varginha, diz Caged




Em outubro, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged anotou o fechamento de 84 vagas de emprego em Varginha. Como o resultado é melhor que nos últimos meses, é possível apontar que o ritmo de demissões na cidade está em franca desaceleração.
A boa notícia é que as indústrias locais estão contratando mais do que demitindo. Além, é claro, das vagas que normalmente se abrem no comércio visando um melhor movimento no Natal.
No mês passado, segundo dados divulgados pelo Caged nesta quinta-feira (24), as admissões somaram 1.193 e os desligamentos, 1.277, um saldo negativo, portanto, de 84. Na microrregião de Varginha o saldo também é negativo em 510 vagas. O mesmo ocorreu no estado, com um saldo negativo de 5.889, sendo que no país, esse valor chega a -74748.
O saldo no item “alimentador de linha de produção” é positivo em 44. Este é o número positivo na indústria local. O salário médio destes trabalhadores é R$ 1.094,18, ainda segundo o Caged.
Em outubro outro setor que contratou mais do que demitiu é o comércio varejista, com 15 vagas a mais. Um pouco maior que o setor de telemarketing que contratou a mais do que demitiu, 13 empregados com carteira assinada.
Outubro deste ano não foi um bom mês para a construção civil. O saldo é negativo para os serventes em 19 vagas. No mês passado quatro vagas de pedreiro também foram fechadas.

Situação em Minas
Minas Gerais acumula uma redução de postos da ordem de 140.777 em 12 meses. O maior número de demissão do que de contratação às vésperas do Natal mostra que a data não aqueceu o setor industrial e já sinaliza um “Papai Noel” magro para o comércio mineiro.
No acumulado entre janeiro e outubro, o estado perdeu 55.180 vagas de emprego referentes à demissão de 1,475 milhão de pessoas e a contratação de 1,419 milhão. Dessa forma, o número de vagas totais em Minas Gerais caiu 1,36% no ano e 3,40% em 12 meses.

Comércio
Somente o comércio deixou de gerar 36.614 oportunidades de trabalho entre janeiro e outubro. A construção civil, que já foi um dos maiores geradores de empregos no passado recente, fechou 16.795 vagas no mesmo período. Para a indústria de transformação a situação não é diferente, com uma retração de 9.071 nos postos de trabalho.
A agropecuária é a única que mantém um saldo expressivamente positivo de 10.208 vagas no acumulado do ano. O outro setor que teve bom desempenho, mas em menor proporção, foi a administração pública, com aumento do efetivo em 630 no ano.
“Olhando os dados de outubro, quando as indústrias tinham que estar a pleno vapor para atender as encomendas do comércio, podemos dizer que teremos o Natal da crise”, afirma o vice-presidente do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), Pedro Paulo Pettersen.
Para o economista, o número de vagas deverá continuar em baixa até, pelo menos, o segundo semestre de 2017. Levando em conta que as projeções indicam melhora do cenário econômico apenas no próximo ano e que o reflexo sobre o mercado de trabalho tende a ser mais lento, esse seria um quadro mais otimista.

No país
Em outubro, 74.748 vagas formais foram fechadas no país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (24) pelo Ministério do Trabalho.
Os setores que tiveram as maiores perdas de vagas formais foram construção civil (-33.517 postos), serviços (-30.316 postos) e agricultura (-12.508 postos).
Apenas o setor do comércio apresentou saldo positivo no mês passado, com criação de 12.946 postos de trabalho. A indústria da transformação, que havia apresentado saldo positivo em agosto e setembro, fechou 5.562 vagas em outubro.

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