A Superintendência Regional de Ensino de Varginha confirmou a presença de todas as escolas estaduais da cidade no programa do MEC, “Ensino Médio Inovador”. O prazo para adesão das escolas terminou sexta-feira (18). Essas instituições de ensino receberão apoio técnico e financeiro para a elaboração e o desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras.
Nesta primeira etapa, as escolas vão apresentar as prioridades de trabalho e, em fevereiro do próximo ano, o planejamento detalhado de cada uma das atividades que serão oferecidas.
As ações propostas pelas escolas devem estar dentro dos seguintes campos: acompanhamento pedagógico em língua portuguesa e matemática; iniciação científica e pesquisa; mundo do trabalho; línguas estrangeiras; cultura corporal; artes; comunicação, uso de mídias e cultura digital; e protagonismo juvenil.
Todas estas ações, na verdade, são preparatórias para a educação integral, Plano Nacional de Educação e Reforma do Ensino Médio.
O programa é oferecido a estudantes do ensino médio em duas modalidades: uma com o aumento da carga horária de quatro para cinco horas diárias; outra, de quatro para sete horas.
Segundo o MEC, para implementar a nova versão do programa serão investidos R$ 300 milhões. Pelas previsões, 7 mil escolas vão aderir ao Ensino Médio Inovador.
Proposta de mudança no Ensino Médio
Saiba quais são as principais mudanças previstas na Medida Provisória 746/2016 para reestruturação do ensino médio:
– Promove alterações na estrutura do ensino médio, última etapa da educação básica, por meio da criação da Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
– Amplia a carga horária mínima anual do ensino médio, progressivamente, para 1.400 horas.
– Determina que o ensino de língua portuguesa e matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio.
– Restringe a obrigatoriedade do ensino da arte e da educação física à educação infantil e ao ensino fundamental, tornando as facultativas no ensino médio.
– Torna obrigatório o ensino da língua inglesa a partir do sexto ano do ensino fundamental e nos currículos do ensino médio, facultando neste, o oferecimento de outros idiomas, preferencialmente o espanhol.
– Permite que conteúdos cursados no ensino médio sejam aproveitados no ensino superior.
– O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular – BNCC e por itinerários formativos específicos definidos em cada sistema de ensino e com ênfase nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.
– Dá autonomia aos sistemas de ensino para definir a organização das áreas de conhecimento, as competências, habilidades e expectativas de aprendizagem definidas na BNCC.
A reforma do ensino médio passou a ser priorizada pelo governo após o Brasil não ter conseguido, por dois anos consecutivos, cumprir as metas estabelecidas. De acordo com dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade do ensino no país, o ensino médio é o que está em pior situação quando comparado às séries iniciais e finais da educação fundamental: a meta do ano era de 4,3, mas o índice ficou em 3,7.
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