Cidade do Sul de Minas Gerais é destaque em evento que discutiu o futuro do país




A cidade de Tiradentes (MG), com suas igrejas tricentenárias, ruas de pedra e charretes, é um monumento ao passado. Mas, durante três dias na última semana, foi palco das principais discussões sobre o futuro do Brasil, na primeira edição do Fórum do Amanhã. O encontro reuniu intelectuais e inovadores em diversas áreas do conhecimento para discutir e apresentar os caminhos possíveis para o desenvolvimento do país, focando em assuntos como educação, economia compartilhada, cidades, inovação e meio ambiente. Entre os convidados, nomes envolvidos em projetos inovadores em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, participaram das discussões, apresentando iniciativas e debatendo perspectivas.

A primeira participação foi a de Carlos Henrique Vilela, um dos criadores do Hack Town e head de marketing da Leucotron, empresa que faz parte do chamado Vale da Eletrônica, ecossistema empreendedor de Santa Rita do Sapucaí. Em painel sobre inovação nas cidades, que também contou Mateus Silveira, da área de futures insights da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) e David Travesso, CEO e sócio da FIR Capital, Vilela apresentou um projeto coletivo do qual faz parte, o movimento Cidade Criativa, Cidade Feliz, que vem ajudando a transformar a cidade de Santa Rita. O movimento, segundo ele, é um coletivo de instituições privadas e públicas, além de voluntários, que se engajaram no propósito de ajudar a transformar Santa Rita do Sapucaí em uma cidade mais criativa, ativa, empreendedora e inovadora. O objetivo é ampliar a diversidade da economia local, com o fortalecimento da economia criativa, além de conectá-la com o polo tecnológico que existe na cidade.

“Com mais pessoas empreendendo na economia criativa, a cidade se torna mais gostosa de viver, o que atrai e mantem os jovens na cidade, além de ajudar a desenvolver um senso crítico, a criatividade e o lado humano de toda a população, e até mesmo das empresas”, destacou Vilela. “Afinal, Santa Rita tem uma vocação tecnológica, mas para desenvolver tecnologia relevante e inovar no modelos de negócio, é essencial empatia, criatividade e entendimento do ser humano”, completou.

O movimento teve início em 2013, em um festival de uma semana, com atividades educacionais, artísticas, palestras e entretenimento, envolvendo toda a população. Hoje já são mais de um mês de atividades, com a conexão das diversas culturas existentes para a formação de uma nova.

Na prática, afirmou Carlos, “é um grupo de teatro que se uniu a um grupo de dança e a uma banda de rock e juntos criaram um musical autoral que foi sucesso e acabou virando um curso de espetáculos musicais, é o pessoal do hip hop levando grafite e música para outras partes da cidade, empresas de tecnologia que passaram a conhecer as ferramentas como o Design Thinking e a se transformar para a era digital, eventos de música e gastronomia que passaram a acontecer com frequência no centro e também em locais de menos acesso a cultura, experiências educacionais que misturam áreas e metodologias distintas, novas startups que utilizam da tecnologia para resolver grandes problemas globais, é um produtor de café que criou uma marca e foi inspirado a fazer uma Coffee Bike para um dos eventos e foi para na TV em rede nacional após decidir franquiar a iniciativa, um dono de boteco que convidou empreendedores criativos a usar sua estrutura e virou um coworking pouco convencional, além da geração de outros novos negócios em economia criativa e tecnologia criativa, como o evento Hack Town, que ocupou todo o centro de Santa Rita com palestras, workshops e shows, e vem sendo considerado um dos mais inovadores do país no momento”.

Fonte: G1 Sul de Minas

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