Pequenos produtores de café do Sul de Minas alcançam mercado exterior


ONG’s de outros países auxiliam produtores locais a expandir suas vendas.
Concursos que avaliam a qualidade da bebida abrem as portas do mercado.



Do G1 Sul de Minas



Pequenos produtores de café do Sul de Minas encontraram uma alternativa para melhorar a qualidade dos seus grãos e tornar o produto mais competitivo e lucrativo. Visando o mercado internacional, ONG’s de outros países passaram a investir nas pequenas produções da principal região cafeeira do Brasil.

O produtor Roberto Peixoto, conta que a família vive há 20 anos da renda do café e revela que no início enfrentou dificuldades. “No começo nós não vendíamos quase nada e íamos aprendendo sobre a lavoura com os vizinhos”, revela Peixoto.

A melhora da produção veio em 2007 quando a família passou a receber ajuda de uma ONG que oferece apoio técnico a pequenos produtores de café. Depois de um concurso, o café produzido na propriedade da família é vendido nos Estados Unidos, Itália, Alemanha, Suíça e Guatemala.
Produtores de café buscam melhorias na produção para expandir as vendas ao exterior
(Foto: Reprodução EPTV)

Mateus Queiroz é técnico organizativo da ONG alemã e revela que a instituição oferece aos pequenos produtores assistências técnicas. “Nós organizamos as estruturas existentes ou fundamos novas estruturas para dar mais força ao pequeno produtor. Também trabalhamos bastante com a parte comercial”, conta. Quiroz ainda ressalta o sucesso das parcerias feitas no Brasil e em outros países para conseguir colocar esse café com melhor preço para o pequeno produtor.

Concursos que abrem portas
Outro passo importante para abrir as portas do comércio exterior são os concursos que avaliam a qualidade do café. Degustadores de diversos países se uniram a especialistas brasileiros para avaliar o café de cinquenta produtores sul-mineiros. A avaliação é uma possibilidade dos produtores melhorarem o plantio do café.

O degustador italiano Michele Arstrantuono acredita que a avaliação pode ser o passaporte para mercado internacional. “Estamos identificando o perfil do café, no sentido do paladar, do aroma e outros atributos, é uma análise completa. É bom para o produtor saber como sai o café depois da sua lavoura, depois do seu esforço para fazer melhor”, conta o especialista.

O concurso reúne 500 amostras de produtores familiares e vai até a sexta-feira (14) em Santo Antônio do Amparo. Participam representantes de empresas importadoras e torradores dos Estados Unidos, Alemanha, Suíça e Itália

Especialistas enviam relatório da bebida aos produtores para melhorar a lavoura (Foto: Reprodução EPTV)

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