Independência é interditado após denúncias, e clássico mineiro fica sem local definido
América terá que apresentar cronograma de repasses de parte da renda de jogos
Redação /Superesportes
O magistrado acatou ação civil pública da promotoria com acusação de improbidade administrativa, na época da reconstrução do estádio, e dano ao tesouro público estadual. Além da interdição, o juiz também determinou a indisponibilidade dos bens do deputado estadual Gustavo Correa (DEM) até o valor de R$ 120 milhões. Ele era o secretário de Estado de Esportes na gestão tucana. Os ex-diretores do Departamento Estadual de Obras Públicas (DEOP), João Antônio Fleury Teixeira, Oizer Myssior e Gerson Barros de Carvalho também tiveram os bens declarados indisponíveis.
O América está diretamente envolvido no caso. O clube terá que apresentar cronograma relativo ao depósito judicial de parte da renda dos jogos que vierem a ocorrer no Independência, para assegurar eventual ressarcimento ao Estado de Minas Gerais. Enquanto isso não ocorrer, o estádio permanecerá interditado e o Coelho está proibido de firmar acordos de novos negócios no local. O juiz considerou que o América se beneficiou com recursos públicos, já que os réus causaram grave lesão ao tesouro estadual em favor da agremiação.
Na decisão, o juiz acata os pedidos do MP constantes na Ação Civil Pública por Atos de Improbidade Administrativa, e afirma que a descrição do contrato das obras foi enganoso. O magistrado afirmou ainda que o contrato administrativo entre o réu América e o governo do estado "malfere escancaradamente os princípios da moralidade e da supremacia do interesse público".
Michel Curi e Silva enfatiza ainda a falta de planejamento da obra, que começou com R$ 46 milhões e terminou com R$ 150 milhões. Além disso, afirma causar estranheza as obras terem sido iniciadas, por determinação do então diretor do Deop, João Antônio Fleury Teixeira, sem alvará municipal.
Comentários
Postar um comentário