Presídio de Varginha pode ter interdição parcial por superlotação

Presídio de Varginha pode ter interdição parcial por superlotação





G1 Sul de Minas

Com medida, unidade não poderá receber mais presos, diz Defensoria. (Foto: Blog do Madeira)
Atualmente, há 328 detentos no local, quando a capacidade seria para 92.

A Justiça de Varginha quer interditar parcialmente o presídio da cidade. Isso pode acontecer já na próxima semana. O motivo é a superlotação do presídio, que está com 328 detentos, enquanto a capacidade seria para 92. O pedido para a interdição parcial do presídio foi feito pela Defensoria Pública.

"Nós estamos enfrentando problemas com relação à autorização do funcionamento do presídio, nós não estamos conseguindo alvará do Corpo de Bombeiros para as questões relativas ao incêndio e a pânico. Nós estamos encontrando dificuldades junto à Vigilância Sanitária para manter autorizado o funcionamento da farmácia que está locado no interior da unidade prisional e de maneira que sem a farmácia, o tratamento daqueles presos que são padecidos de alguma moléstia, ficará dificultado", disse o defensor público Rodrigo Murad.

Segundo o defensor, com a interdição, o presídio não poderá receber mais detentos.
"Com relação à chegada de novos presos oriundos de cadeias públicas que foram interditadas pelo poder judiciário na região, a exemplo de Guapé e Elói Mendes, nós recebemos um número significativo de presos. O pedido da Defensoria Pública relativo à interdição do Presídio de Varginha, é a manutenção dos presos que nós já temos e o não recebimento de mais nenhum", disse o defensor.

Ainda conforme a Defensoria Pública, foram conseguidos recursos para a construção de um novo presídio na cidade, mas a obra esbarrou na Lei Orgânica Municipal.

"O problema foi que encontramos um dispositivo no artigo 9º na Lei Orgânica do Município de Varginha, que veda a construção de presídios ou centros de internação neste município. Portanto tivemos que devolver os cofres ao governo do Estado, o dinheiro que seria usado para a construção desta unidade prisional", disse o defensor.

O Corpo de Bombeiros disse que já notificou a administração do presídio sobre a falta do laudo de vistoria. A Câmara dos Vereadores disse que já discute a Lei Orgânica do município para poder adequá-la para que o município possa construir uma nova unidade prisional.

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