Obras paradas da Gasmig geram reclamações de moradores em Poços
Motoristas reclamam de ruas esburacadas pela companhia desde 2013.
Estatal promete reestabelecer obras na cidade ainda neste mês.Do G1 Sul de Minas
O município de Poços de Caldas (MG) foi um dos primeiros do Sul de Minas a ter distribuição de gás natural. O sistema começou a ser implantado em 2010 pela Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), mas seis anos depois somente algumas empresas têm acesso.
Em 2011, a instalação começou a ser feita na área central da cidade, em uma linha de distribuição de 9 km, passando por avenidas como a João Pinheiro. A ideia era levar o gás não só aos comércios, mas às casas também. Só que a empreiteira contratada teve problemas e simplesmente abandonou as obras no meio do projeto e deixou algumas ruas da cidade esburacadas e com obras inacabadas. “As pessoas não conseguem transitar na cidade”, disse o artista plástico Jin Marcos Santos.
Quem também reclama é a dona de casa Lourdes Braga. “Isso não está certo, a gente sai com pressa, principalmente eu, que tenho problemas nas pernas, começo a tropeçar nas pedras, quando chove enche de água”, pontuou.
No entanto, a instalação beneficia alguns negócios. Um hotel em Poços de Caldas atende uma média de 1,5 mil hóspedes por mês. Para atender a todos, eram gastos R$ 2,5 mil por mês apenas com o gás, mas há cinco anos eles conseguiram reduzir esse valor para cerca de R$ 1,3 mil. Isso só foi possível depois da instalação do gás natural no estabelecimento.
“É uma economia em torno de 30% e 35%. Não temos medo do gás acabar, usamos com tranquilidade e segurança”, disse Sílvia de Oliveira, gerente do hotel.
Contudo, as obras seguem paralisadas desde 2013. A Gasmig pretende reiniciá-las ainda neste mês. Os trabalhos devem começar pelo asfalto das ruas prejudicadas e em seguida, será feita a retomada da instalação do gás natural. Nessa nova fase, a rede de distribuição atenderá mais de 50 estabelecimentos comerciais e residenciais.
Além disso, no Sul de Minas, além de Poços de Caldas, outras cinco cidades tem acesso ao gás natural. São elas: Jacutinga (MG), Andradas (MG) e Caldas (MG) por meio de um gasoduto que vem da Bolívia até Paulínia (SP). De lá, parte uma ramificação chamada Paulínia – Jacutinga, que leva o gás até as cidades sulmineiras.
Já Pouso Alegre (MG) e Varginha (MG) são abastecidas pela forma conhecida como ‘virtual’, ou seja, caminhões transportam o gás e abastecem o gasoduto da cidade.
De acordo com a Gasmig, os benefícios do gás natural, além de diminuir os custos, é mais seguro. É que por ser mais leve que o ar, ele é dissipado mais rapidamente em caso de vazamentos.
Segundo o coordenador da Gasmig na região, Manoel Gomes Júnior, o objetivo é recomper os pavimentos onde já tiveram obras. "Depois, vamos atender o segmento comercial e industrial. A princípio prédios, hoteis, restaurantes, bares, shoppings e hospitais", disse.
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