Polícia Federal cumpre mandados na 'Operação Mandrake 2' em MG
Ação é continuação de operação que foi deflagrada em março de 2015.
Duas pessoas foram presas temporariamente nesta quarta-feira (9).
Do G1 Sul de Minas
Duas pessoas foram presas temporariamente durante a "Operação Mandrake 2", realizada na manhã desta quarta-feira (9) pela Polícia Federal em Varginha (MG), Três Pontas (MG) e Poços de Caldas (MG). A ação é a continuação da operação realizada em março de 2015. Nesta nova fase, a polícia investiga a entrada ilegal de combustíveis em Minas Gerais com a utilização de notas fiscais falsas, feitas em nome de postos de combustíveis do estado de São Paulo, o que caracteriza o crime de falsidade ideológica.
"A Polícia Federal identificou, após a deflagração da primeira fase, que um grupo que possuía postos em Varginha, Três Pontas e Poços de Caldas estava internando combustível no estado de Minas Gerais utilizando-se de documentação fiscal falsa", explicou o delegado João Carlos Girotto.
Nesta segunda etapa, a Polícia Federal cumpriu oito mandados judiciais, sendo dois de prisão temporária, dois de condução coercitiva e quatro de busca e apreensão. Também foram intimados os representantes legais de 12 postos de combustíveis em que a análises da PF detectaram adulteração em combustíveis. Em cinco deles, foi encontrado álcool anido cima do limite permitido e em sete deles, metanol, substância cuja presença em combustíveis é proibida.
Na primeira etapa, realizada no mês de março, 10 mandados de prisão temporária foram cumpridos. Alguns postos chegaram a ser fechados durante a operação no Sul de Minas, que foi realizada nas cidades de Varginha, Três Corações, Campanha, Elói Mendes, Três Pontas,Pouso Alegre, Poços de Caldas, Juiz de Fora e Guaranésia. Além das prisões, foram cumpridos sete mandados de condução coercitiva, 37 mandados de busca e apreensão, bem como a apreensão de veículos, expedidos pelo juiz da 1ª. Vara Criminal de Varginha.
Polícia Federal constatou que amostras de combustíveis estavam adulteradas (Foto: Reprodução EPTV)
Os responsáveis podem responder pelo crime contra as relações de consumo, com pena de 2 a 5 anos de reclusão e associação criminosa. O Procon também acompanhou a operação.
"A Polícia Federal cumpriu na integralidade todas as ordens judiciais. Os presos estão, neste momento, prestando informações e, após, serão deslocados à Penitenciária de Três Corações", completou o delegado.
Segundo a Polícia Federal, o órgão ainda deverá investigar se o grupo também adulterava o volume de gasolina nas bombas. Mas, por enquanto, o foco é descobrir se as pessoas presas usavam os documentos falsos para obter vantagens fiscais ou para camuflar as irregularidades.
Operação Mandrake
Em março, participaram da operação 200 policiais federais, 21 policiais rodoviários federais e auditores da Receita Federal do Brasil. Conforme a PF, o nome (Mandrake) é uma alusão ao mágico ilusionista, personagem de desenho animado, que enganava as pessoas utilizando de técnicas de hipnose.
Ainda segundo a PF, a investigação que levou à operação se concentrou em três frentes. Em primeiro, a manipulação do sistema de emissão de cupons fiscais, usado para a sonegação fiscal. Em segundo, a apuração de fraude do volume, entrada de combustível no tanque do veículo em quantidade menor àquela indicada no marcador da bomba. Em terceiro, a PF investiga a fraude na composição da gasolina comum. Segundo a polícia, durante a investigação, foi constatado que os postos investigados estariam vendendo gasolina com teor de álcool acima da permitida em sua composição. Em alguns postos, a mistura de álcool chegava a 45%, quando o permitido é de no máximo 25%.
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