APAC DE VARGINHA EMPOSSA NOVA DIRETORIA


APAC DE VARGINHA EMPOSSA NOVA DIRETORIA


Foi empossada na noite de quinta-feira (13) a nova administração da Associação de Proteção aos Condenados (APAC) de Varginha. A cerimônia aconteceu em sala cedida pela Câmara Municipal e foi realizada pelo Juiz da 1ª Vara Criminal de Varginha, Dr. Oilson Nunes dos Santos Hoffmann Schmitt.



Farão parte da gestão eleita para 2015/2017:



Diretoria Executiva

Presidente: Alexandre José Prado Campos e Silva

Vice-Presidente: Márcio Paulo Erbst

1º Secretário: Gilmar Dias Machado

2º Secretário: Cléber Origenes Braga

1º Tesoureiro: Ederson Frenhan

2º Tesoureiro: Cléber Marques Paiva



Conselho Fiscal

1- Dalva de Castro Araújo

2- Renan Lenzi Silva

3- Magali Sério Silva Machado



Consultor Jurídico

Wagner Roschel Christe



Diretor de Patrmônio

Luiz Antônio Rainato





Apoio ao Egresso

Giuliano de Souza

Durante a cerimônia foram expostas pelos membros as dificuldades encontradas no desenvolvimento dos trabalhos da Apac. Para os ex-presidentes Gilmar Machado e Márcio Erbst, além das limitações de recursos financeiros e humanos, o maior empecilho é vencer a barreira do preconceito.

“Nossa sociedade está condicionada a ver o detento como a ser excluído, ainda vê o prender como solução, mas a prisão em si não recupera ninguém. Apenas tira o problema de circulação por um tempo. A função da Apac deve ser oferecer condições para que essa pessoa se recupere, tenha uma profissão e condições de melhorar algo para a sociedade, que consiga reconstruir sua vida com trabalho próprio. Os motivos que levam a pessoa a cometer um crime são diversos, inclusive o desespero por não conseguir ter para ele e para a família condições mínimas de sobrevivência”. Explica Márcio Erbst.

Para Dr. Oilson Hoffmann é importante que Varginha resolva o quanto antes a superlotação do presídio. “Celas que comportam seis pessoas estão com mais de 30. O presídio que deveria abrigar 70 pessoas está com quase 300. É difícil até para conseguir manter projetos de alfabetização ou trabalho lá dentro porque os próprios detentos querem muito participar, mas durante o dia é o único horário em que muitos conseguiriam dormir. Isso porque a superlotação faz com que até para dormir os detentos tenham que se revezar no pequeno espaço. Do jeito em que está temos uma bomba relógio, onde fica difícil fazer qualquer coisa. Já fiz contato com diversas autoridades municipais, estaduais e federais, mas não muda nada. Nem mesmo um carro para transporte daqueles que foram autorizados a trabalhar nós conseguimos, indo atrás de tantas instituições e há tantos anos. As pessoas precisam entender que em algum momento eles terão que sair de lá, voltar para a sociedade e precisamos prepará-los para isso. Essa é a forma de recuperar o ser humano, orientá-lo em um caminho e assim diminuir a criminalidade”. Ressaltou.

Ao final da cerimônia o novo presidente lembrou a atuação e dedicação do Dr. Paulo Sérgio Souza, falecido em 29 de Julho. “Para mim é muito difícil dizer qualquer coisa que o homenageie, está sendo dolorida essa reunião sem ele. O Dr. Paulo muito contribuiu com a Apac e tenho certeza que de alguma forma ele estará nos orientando e intuindo porque fazer ela funcionar bem era também o sonho dele”. Disse Alexandre Prado. Ao final da reunião os presentes fizeram um minuto de silêncio como homenagem póstuma.








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