Varginha conquistou nota bem acima da média nacional no Índice Firjan de Gestão Fiscal divulgado sexta-feira (19). O levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro constata ainda que Minas Gerais tem os dois extremos: as cidades melhor avaliadas e as com os menores índices. Os dados são de 2013.
Classificada com o índice de 0,6153, Varginha, segundo os técnicos responsáveis, está acima da média nacional que é de 0,4545.
Para se chegar ao Índice Firjan de Gestão Fiscal – IFGF são avaliados foram construídos os cinco indicadores que compõem o IFGF, são eles: Receita Própria, Gastos com Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida.
Os quatro primeiros têm peso de 22,5% sobre o resultado agregado. O Custo da Dívida, por sua vez, tem peso de 10%, haja vista o baixo grau de endividamento dos municípios brasileiros.
Este fato reflete a incapacidade da grande maioria dos municípios em contrair dívida, seja pelas inúmeras restrições às quais estão sujeitos, seja pela falta de garantias frente ao mercado
de crédito.
Varginha obteve avaliação de 1,0000 em Liquidez; 0,7478 em Receita Própria; 0,5861 em Custo da Dívida; 0,5772 em Gasto com Pessoal; e 0,1494 em Investimento. Estes números colocam Varginha em 683º lugar a nível de Brasil, e 69º em Minas Gerais.
De acordo com o critério usado pela Firjan, há cidades na região com melhor avaliação, como Machado, Nepomuceno, Extrema, Caxambu. A melhor avaliada no Sul de Minas é São Lourenço, com o índice de 0,7047.
Os piores desempenhos de gestão fiscal detectados pela Firjan em Minas Gerais são majoritariamente em cidades do Norte, Noroeste e Vale do Jequitinhonha, basicamente municípios com 10 mil habitantes ou menos – exceção para Januária, com cerca de 70 mil. No ranking dos dez piores, todos tiveram nota zero em gastos com pessoal e liquidez.
Conceição do Mato Dentro tem os melhores indicadores
No topo do ranking das cidades com melhor gestão fiscal, estão municípios com forte relação com a mineração, atividade econômica de peso no Estado. A cidade com os melhores indicadores do país é Conceição do Mato Dentro e a segunda, Alvorada de Minas – ambas sediam o megaprojeto da Anglo American, o Minas-Rio. Em 2013, data dos dados usados na pesquisa, o investimento estava a pleno vapor.
No top dez ainda aparece, na sétima posição, outro município mineiro, e também um polo mineral. É Itatiaiuçu, no Quadrilátero Ferrífero, maior província minerária do país.
Os números
A leitura dos resultados, por indicador ou do índice geral, é bastante simples:
a pontuação varia entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, melhor a gestão fiscal do município no ano em observação. Com o objetivo de estabelecer valores de referência que facilitem a análise, a os técnicos desenvolveram quatro conceitos para o IFGF: Conceito A (Gestão de Excelência) resultados superiores a 0,8 pontos; Conceito B (Boa Gestão) resultados compreendidos entre 0,6 e 0,8 pontos; Conceito C (Gestão em Dificuldade) resultados compreendidos entre 0,4 e 0,6 pontos; e Conceito D (Gestão Crítica) resultados inferiores a 0,4 pontos.
Matéria veiculada no Jornal Gazeta de Varginha
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